O céu acordou gritando pro mundo que esse seria mais um dia daqueles.
Meu cabelo também.
Minhas roupas também.
Nem maquiagem daria jeito nele.
O elevador fez um "tour" até meu destino, o térreo, acompanhada da simpatia matinal de 7 condôminos, num lugar onde cabem 8. E todo mundo sabe que elevador pra 8, só se forem 4 grávidas.
Que piada ridícula.
Voltemos ao dia...
Chegando, o porteiro me entrega em mãos, num ato solene, minhas contas do mês.
Nada como começar o dia em débito!
(Ah, está chovendo claro..detalhe importante.)
O carro passa e lava a alma.
O trânsito pára. E ninguém pára na inquietação dos pensamentos.
Ouço sobre as buzinas, carros-de-som e confusão social, os gritos mudos do blá-blá-blá mental.
Homens desejam mulheres que passam...
Mulheres desejam a roupa de outras mulheres...
Casais brigam de mãos dadas...
E acompanhando a marcha-lenta dos rostos cansados, o dia segue.
Todos seguem mesmo sem ter motivos, sabendo bem onde isso vai dar.
Nada muda, o planejado pelo destino sempre acontece.
É o almoço, a azia, o calor, as crianças no colégio, o jantar, a TV, o sono, e o novo dia...
(novo dia? piada mais ridícula ainda...)
O dia é sempre o mesmo, só espero que o lance das contas do mês fique pro ontem.
A repetição causa L.E.R. na consciência.
O beijo, bom-dia, com licença, obrigado, é o script desse teatrinho ensaiado.
E nós? meros coadjuvantes de péssima atuação.
Porque o papel principal... é sempre da mocinha.
A rotina safada.
Kamila V.
Um comentário:
oi..
na verdade eu não tinha um blog..
me inspirei em você para ser sincero.. rs
percebo que você é praticamente uma postadora diária.. rs
infelizmente o tempo não me permite o mesmo.. :/
tava lendo seus textos..
idéias bem legais..
haja inpiração..rs
abraço
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