domingo, 18 de maio de 2008

Não achei no Google.


Estou perdida. E o que é pior, no tempo.
Tenho certeza que nasci na época errada, uso roupas erradas, faço coisas totalmente atemporais.
Pro meu tempo e pros meus 21.
Minha irmã riu do jeito que eu digito no MSN, riram porque eu ouço Baden, até o Google riu de mim.
Fui obrigada a me habituar com a tecnologia. Ela colocou a colher na minha goela, sem fazer aviãozinho, e de quebra um chapeuzinho cônico na minha cabeça.
Boba. Mas deixa eu explicar melhor.
Eu caço música. As mais estranhas, mais poéticas, as mais "Eu". As menos escutadas.
Tão menos, que até o Google ignora minhas buscas.
Minha idade biológica me encheu de rugas musicais e a tecnologia me encheu de perguntas.
Será que eu deveria mesmo ignorar tanto o presente e querer viver de passado? Do passado dos outros, do passado à ferro em brasa, e ficar pretérita o tempo todo?
Será que eu não deveria deixar o Google responder "Britney" pra minha pergunta?
Será que lutar à contra-gosto e contra o gosto da modernidade vai me trazer felicidade, dinheiro, amigos e tudo de mais "hi-tech" que a atualidade tem e eu não tenho, mas queria?
Não sei.
Responda-me você.
Que vê as coisas aí do alto (por isso possui o melhor campo visual de uma visão beem mais-ou menos).
Você talvez poderia chegar junto pra me tirar essas dúvidas.
Você que me fez assim tão ranzinza.
Você que sabe meus intentos e tudo me faz ver desse jeito típico do meu tipinho.
Eu prometo que escuto se você falar.
E se for por e-mail, eu prometo ler e responder.
Mas não me manda pro Google.
Kamila V.