Sabe aqueles verdinhos que nascem no canto do asfalto que ninguém dá bola?
Aqueles que o cara da Comcap é pago pra arrancar de lá sem dó nem piedade?
Então, eu sentei e fiquei olhando pra um desses esses dias.
No meio do cinza, da fumaça, da poeira, da confusão, dos pés, da borracha...ele tá lá, verde.
Eu não entendo como pode, ser insistente naquela vida medíocre de matinho verde.
Sem função, sem produção substancial de O2, sem futuro, porque dentro de dias o destino certo do matinho, é a pá do tio da Comcap.
Mas ele não tá nem aí.
Ele é daninho, uma praga. Arranca, nasce, arranca, nasce.
Esse texto não tem nenhum final bonito, nenhuma moral, nada que faça você abrir seu maxilar e dizer Ó!, e eu tenho certeza que 5 minutos depois de postar eu vou achá-lo ridículo.
Esse texto é na verdade uma pergunta.
Como alguém ou algo, consegue ressurgir do nada?
Como alguém insiste em renascer não sendo ao menos desejado?
Tipo, ninguém vai pro canto da estrada regar e colocar adubo ou torcer em coro pra que ele nasça.
Ninguém, e há anos a saga se repete.
Acho que eu preciso mesmo é de uma vida de matinho.
Sem regadores, sem adubos, sem bajulações, sem mentiras, promessas.
Quem sabe assim eu me levante de novo e verde, antes que o ano acabe.
Kamila V.
2 comentários:
O verde no meio do asfalto cinza ou o asfalto cinza no meio do verde? é uma pergunta sem resposta, talvez. o mundo se torna cinza, se torna frio, sistemático, rotineiro. pessoas correndo pra lá e pra cá, atrás de outro tipo de verde, o verde do dinheiro, grana, bufunfa. Obrigações, contas, compromissos, sempre batendo na porta...todos correm, de lá pra cá, e de cá pra lá. Mas, no meio de todo esse corre corre, desse cinza de uma vida igual a todas, aparece um verde, um verde para se destacar, mas ele não é aceito aqui nesse mundo. Confuso oq eu disse né? Bom, peguemos pessoas preocupadas, trabalhando, atigindo metas. Hoje temos 2 modas: depressão e stress. Todos iguais, todos cinzas. ok? Um dia, chega um funcionário sorrindo, alegre, contente com a vida. Conseguiu emprego novo, vai ser pai, trocou de casa, comprou um cachorro, está paquerando um novo carro. Ele sorri, a toa. Ele não é aceito, a sociedade trata de tirar o "verde" dele, para deixá-lo cinza, ou, nem deixar mais, apenas sumir com ele no meio de tanta gente. Mass, o verde vai reaparecer, em qualquer canto, até o momento em que dominar o cinza. Qdo? Fácil! Pois o verde cresce aonde for, mesmo no meio do cinza.
haha, viajei! mas é uma idéia que tenho, qdo li seu texto pensei junto. Mto bom seu blog, seus textos, crônicas, ou como desejar chamar, são ótimos.
beijos e sucesso
Felipe Zarella
Gosto de pensar que o matinho só volta, pois ele esta satisfeito em apenas ser nutrido por Deus...
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