segunda-feira, 28 de abril de 2008

Tudo, menos eu.


Eu queria tanto entender e ser o que te agrada.
Eu seguiria à risca o caminho que leva até tua vontade.
Pintaria esse fim de mundo com as cores que você gosta.
Se me pedisse, te odiaria, só pra fazer paz de novo.
Não te acordaria, quando o relógio te chamasse, só pra continuar a ouvir o respirar macio que tem teu sono.
Eu seria tanto ou nada, conforme teu humor.
Apareceria discreta pra não causar vergonha, e ousaria pra não causar esquecimento.
Guardaria teu cheiro, gosto, imagem, pele e voz, pra fazer valer todos os sentidos.
Abriria mão do meu jeito nada nobre de ser.
Negociaria tempo com o tempo, pra que ele nunca me privasse de você.
Desataria os nós da linha da vida, pra que ela se alongasse.
Inventaria uma teoria, pra tentar explicar a solidão que é, quando você não é.
Se eu pudesse, de verdade, me desfaria em todos esses pedaços, pra concretizar o sonho que tivesses naquela tarde de domingo, ocioso.
Queria eu ser tanto.
Queria eu ser inspiração, ser motivo, ser dona e não inquilina dos teus olhos.
Queria eu, te fazer feliz.
Queria eu, não ser eu.
Kamila V.


Um comentário:

http://riposarsi.wordpress.com/ disse...

Você tera que me desculpar pelas palavras que usarei agora...

Porra, que texto animal, totalmente romântico e apaixonado, amei!

Desculpa não ser eu tão belo em palavras como você para fazer um comentario, e ter de usar palavras de baixo calão, mais acho que nada melhor expressa sentimentos do que palavras fortes.

Hoje está um lindo dia, vamos jogar nossos cerebros fora ou usa-los? Cada uma dessas atitudes tem seu lado bom e ruim.